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Inclusão da criança no Mercado Financeiro

Uma excelente prática que deveria fazer parte da educação básica, tanto familiar quanto escolar de toda criança, é a educação financeira. É muito importante inserir a criança de forma ativa no mercado financeiro, não apenas abrir uma caderneta de poupança visando comprar um carro ou um bem de grande valor no futuro, mas principalmente apresentar e a instruir quanto ao fascinante mundo das finanças.
Muitos podem se perguntar: “Devemos ensinar aos nossos filhos e alunos as técnicas para investimento no mercado de ações, as normas e práticas das bolsas de valores, a dinâmica do mercado bancário, ensinar os mais complexos estudos de matemática financeira, expor como funciona o mercado de câmbio e outras tantas variáveis do mercado financeiro?” Bem, a proposta não é essa. Inserir a criança no mercado financeiro diz respeito a motivá-la a enxergar o dinheiro com uma visão mais crítica; ensiná-la a poupar, explicando os benefícios de se pensar a longo prazo ao abrir mão de uma parcela de sua “mesada” hoje, pensando em um grande retorno amanhã; especificar o vínculo entre o dinheiro e o trabalho; apresentar a mágica dos juros compostos; expor as entrelinhas da fábula da formiga e da cigarra; e não tratar o dinheiro como distante do entendimento das crianças. É importante sempre utilizar ferramentas pedagógicas como desenhos, figuras, ilustrações, entre outros instrumentos visando um ensinamento simples, fazendo com que o aprendizado seja uma divertida brincadeira em que a criança adquirirá conhecimentos que lhe acompanharão pelo resto de sua vida.
Saber administrar a finança pessoal é o desejo e o desafio de milhões de pessoas, porém, agir de forma proativa, visando a real e eficaz gestão de seu dinheiro é uma atitude pouco praticada. A grande barreira para que essa prática se dê com maior freqüência é o pouco tempo dedicado a uma análise de entrada e saída de capital e principalmente a falta de conhecimento para otimizar a utilização do dinheiro.
Se, ainda criança, a pessoa for inserida no mercado financeiro, quando adolescente e jovem estará instruída quanto ao seu dinheiro e a de seus pais, e não preocupada em apenas usufruir, sem limites, seus benefícios efêmeros; haverá uma facilidade muito maior em administrar, de forma eficaz, suas finanças quando adulto; estará bem mais apto em aprofundar-se nas técnicas do mercado de capitais e mais preparado para o mercado de trabalho.

Pedro Sousa