Martins e Alt (2004) afirmam que os recursos materiais são os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração do seu produto final ou na execução do seu objeto social. Como tal são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa. Eles podem ser classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados.
Martins e Alt (2004) dizem que a administração de recursos é em grande parte baseada em técnicas que integram os elementos de tecnologia de manufatura e otimizam a utilização de pessoas, materiais e instalações ou equipamentos. As mais empregadas serão as ligadas a materiais, fabricas, equipamentos e pessoas.
Ainda segundo Martins e Alt (2004) as principais técnicas de administração de materiais são:
Justin in time: Sistema em que os fornecedores devem mandar os suprimentos à medida que eles vão sendo necessários na produção. O JIT busca a eliminação de tudo o que não agrega valor ao produto ou serviço, utilizando-se de baixos inventários, desde o fornecedor até o produto acabado entregue ao cliente.
Fornecedor preferencial: Técnica que consiste em selecionar fornecedores e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e garantindo feedback e correção de defeitos na fábrica do fornecedor.
Programação de fornecedores: Manter um esquema de alimentação contínua da programação e controle da produção do fornecedor com as necessidades de entrega.
Kanban: Tecnologia de controle de fábrica pela qual as necessidades de entregas determinam os níveis de estoque no decorrer do processo. O “Kanban” não empurra a produção - ele a puxa.
Qualidade em tempo real e “Seis Sigma”: Usa o controle estatístico de processo para detectar rapidamente variações perante o padrão, identificando causas assinaláveis de defeito e estabelecendo diagnósticos para ações corretivas.
Martins e Alt (2004) salienta que a gestão de aquisição - a conhecida função de compras - assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje, em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucro.
Segundo Dias (2006) para a gerência financeira, a minimização dos estoques é uma das metas prioritárias. O objetivo, portanto, é otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoque.
Pozo (2007) salienta que indubitavelmente, uma das mais importantes funções da administração de materiais está relacionada com o controle de níveis de estoques. Lógica e racionalidade podem ser aplicadas com sucesso nas ações de resolução de problemas que afetam os estoques. É notório que todas as organizações de transformação devem preocupar-se com o controle de estoques, visto que desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa.
Pozo (2007) afirma que armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Seus custos podem absorver de 10 a 40% das despesas logísticas de uma firma. Ao contrário do sistema de transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontecem, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos dessas atividades estão intimamente associados à seleção desses locais.
Uma gestão eficaz de materiais traz à empresa a possibilidade de desenvolver um plano de produção eficiente, oferecendo um organizado controle de estoque, além da possibilidade de obter maior lucratividade através da menor imobilização de materiais, trabalhando assim com investimentos que antes seriam imobilizados. A curva ABC é uma ferramenta que possibilita à gestão de materiais uma priorização de produtos, ou seja, a curva ABC define os produtos com maior ou menor volume, maior ou menor receita, identificando assim os produtos em que a empresa obtém um melhor retorno, oferecendo aos dirigentes, informações para concentração de esforços em determinados itens do mix de produto/serviço. Sendo assim, a gestão eficaz de materiais é um item imprescindível para toda a organização, trazendo inúmeras vantagens competitivas para o empreendimento.