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Empreendedorismo Científico versus Empirismo Gerencial

Em face da crescente e acentuada expansão econômica e social, as empresas se deparam com um cenário extremamente competitivo, o que faz com que empresas que atuam basicamente no empirismo estejam em processo de declínio e até mesmo se encaminhando para a falência.
Em décadas passadas, principalmente do final do século XIX até meados no século XX, era comum pessoas sem nenhum conhecimento técnico gerencial terem êxito na criação e no sucesso de um empreendimento. Os negócios eram baseados e estruturados, primordialmente, em aspectos e concepções historicamente familiares, ou seja, as empresas eram herdadas de geração em geração e junto com elas uma cultura gerencial que muita vezes acompanhava as empresas por séculos.
Hoje, em pleno século XXI, com o número de concorrentes em constante crescimento, e a exigência cada vez mais enfática dos consumidores, as empresas criadas sem a realização de um estudo eficaz e sem uma análise criteriosa das tendências de mercado dificilmente terão sucesso. Percebe-se no mercado atual, o saturamento de diversos setores da economia, com isso, é indispensável se pensar estrategicamente na inovação, colocando no mercado novos produtos e serviços, além de novos processos gerenciais, seja uma nova forma de atendimento, uma otimização da estrutura física, e até mesmo pequenos procedimentos que as atuais empresas ainda não ofertam ao mercado.
O principal meio para o avanço econômico e social de um país é o empreendedorismo idealizado a partir de uma visão científica e a criação de empresas projetadas a partir de uma oportunidade real de negócio. O Brasil é um país que tem em sua abrangência um grande número de empreendedores que atingiram o sucesso empresarial através de práticas gerenciais altamente eficazes.
Em uma das edições da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) aponta que mesmo com a crise financeira internacional o Brasil atingiu nos últimos anos a maior taxa de empreendedorismo por oportunidade – 9,4% contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade, o que demonstra que o Brasil percebeu na crise financeira uma oportunidade de negócio e não um desastre econômico. Durante a crise econômica o Brasil permaneceu estabilizado, devido, principalmente, ao mercado interno, provido principalmente pelas micro e pequenas empresas dos setores de comércio e serviço.  
É verdade afirmar que o sucesso empresarial deriva de práticas eficazes e não apenas das variáveis externas. O sucesso resulta da essência das atitudes competentes dos empreendedores. Com isso, cabe aos potenciais empreendedores e aos que sonham em abrir uma empresa, se capacitar, analisar as tendências, conhecer o mercado, ter o know-how, uma pitada de sorte e muita dedicação, pois o Brasil é um país com muitas oportunidades e um mercado em constante crescimento econômico.

Pedro Sousa