A forma como a empresa organiza seus recursos para realizar as operações de produção, mantendo certa lógica entre a etapa de entrada da matéria-prima até a saída de produtos acabados, é caracterizado como um sistema produtivo. (CHIAVENATO, 2004, p.96).
Segundo Slack et al. (2006), toda atividade produtiva envolve o modelo de processo entrada, transformação, saída. A função produção deve apoiar a estratégia de produção de forma que seus objetivos e políticas sejam apropriados aos recursos administrados; deve transformar decisões estratégicas em realidade operacional e fornecer os meios para a obtenção de vantagem competitiva.
Slack et al. (2006) questionam que se o planejamento e controle de produção é o processo para conciliar demanda e fornecimento, então a natureza das decisões tomadas para planejar e controlar uma operação produtiva dependerá tanto da natureza da demanda quanto da natureza do fornecimento desta operação.
Martins e Laugeni (2001) explicam que o século XX foi marcado por um avanço administrativo influenciado por dois nomes, Taylor e Fayol, fundadores da escola da Administração científica. Surge a sistematização do conceito de produtividade, isto é, a procura incessante por melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de se obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas as empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas
Ainda segundo Martins e Laugeni (2001) na década de 1910 Henry Ford criou a linha de montagem seriada, revolucionando os métodos e processos produtivos até então existentes. Surge o conceito de produção em massa, caracterizada por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima variação nos tipos de produtos finais.
De acordo com Womack (1992), o sistema “Manufatura Enxuta” originou-se no Japão nos meados da década de 60, tendo a sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, por isso também conhecido como o Sistema Toyota de Produção. De acordo com Slack (1999), a filosofia está fundamentada em fazer bem as coisas simples, em fazê-las cada vez melhor e em eliminar todos os desperdícios em cada passo da produção. Segundo Tubino (1999) eliminar desperdícios significa analisar todas as atividades realizadas no sistema de produção e eliminar aquelas que não agregam valor ao produto.
Segundo Arnold (1999), o “Just in Time” tem sido tradicionalmente relacionado como um conceito ou uma abordagem de produzir somente os itens certos, apenas nas quantidades requeridas e no tempo certo, caracterizando uma filosofia de melhoramentos contínuos.
Segundo Slack et. al. (1999), as falhas na produção podem ocorrer por razões muito diferentes. As máquinas podem quebrar, os clientes podem fazer pedidos inesperados que a produção não consegue atender; o pessoal pode cometer erros simples em seus trabalhos, que impedem o trabalho normal, os materiais dos fornecedores podem estar defeituosos e assim por diante.
A função produção requer grandes esforços por parte dos dirigentes, pois, interferem em todas as demais funções da empresa. Saber produzir de forma eficiente, com maior agilidade, menor custo, e melhor produto ou serviço; e de forma eficaz, oferecendo o que os clientes precisam, traz à toda organização uma estrutura mais sinérgica e resultados positivos. Saber definir um plano de produção, em que se exige um menor estoque possível, sem a redução da qualidade da produção, redução de desperdício, com a entrega do produto final conforme o previsto no plano de produção, é uma das funções do administrador, agindo como responsável pelo planejamento, de modo que uma grande porcentagem do capital da empresa, não fique imobilizado em matéria-prima ou produto acabado; oferecendo à empresa a possibilidade de obter maiores lucros, através da otimização do sistema de produção da organização.